Os planos da China em liderar
como maior mercado de luxo do mundo pode sofrer com um obstĂ¡culo que nĂ³s
brasileiros conhecemos muito bem. Foi publicado no site do Governo Central na
Ăºltima sexta-feira, um conjunto de diretrizes que afetam o mercado com tributos
incidentes sobre a maioria dos bens de luxo. Estes impostos foram previstos
para ser apresentados como parte dos esforços do paĂs para impulsionar a sua
reforma econĂ´mica.
Os artigos de luxo importados
pela China estĂ£o sujeitos a trĂªs impostos: tarifas aduaneiras que vĂ£o do mĂnimo
de 4,4% atĂ© o mĂ¡ximo de 60%; imposto sobre o valor agregado de 17% e a taxa
sobre consumo que atinge um pico de 30%.
Segundo Kong Jingyuan, o diretor-geral
do Desenvolvimento Nacional e ComissĂ£o de Reforma, “levando em consideraĂ§Ă£o o
aumento dos nĂveis de renda nacional, alguns produtos que costumavam ser
considerados como bens de luxo, agora sĂ£o vistos como necessidades diĂ¡rias e,
portanto, nĂ£o serĂ£o tributados como produtos de luxo; mas ao mesmo tempo,
carros de luxo e iates que tĂªm se tornado mais comum nos Ăºltimos anos estarĂ£o
sujeitos a impostos”.
SerĂ¡ que a China estĂ¡ preparada
para crescer a passos curtos devido aos altos impostos de importaĂ§Ă£o e tarifas
que incidem sobre o luxo? Para um paĂs que tem acumulado tĂtulos como o segundo
maior mercado de luxo e liderando os mercados de automĂ³veis de luxo, ouro e
relĂ³gios de luxo com certeza isso pesarĂ¡ sobre a economia do paĂs. NĂ£o Ă© por
acaso que muitos consumidores chineses de classes mais abastadas adquirem bens
de luxo no exterior para driblar os impostos de importaĂ§Ă£o.