Por @nielsenbr
Enquanto a classe média segue como ponteiro da economia e de muitas empresas pelo Brasil, por representar 43% do consumo, no Nordeste a bússola aponta para outra direção. Diferente do cenário nacional, nesta região as classes D e E são as alavancas do crescimento, representando 64% do consumo; e a classe C somo apenas 27%.
Os dados acima fazem parte de uma análise especial apresentada no 3º Evento a Cliente Nielsen Nordeste 2012. O estudo observou também que o desenvolvimento está desviando a rota das metrópoles, que crescem 4%, e trafegando pelas pequenas cidades, que atingem 10%.
Outro fator essencial a ressaltar é que os ganchos desse crescimento foram as categorias de acesso (categorias novas e em desenvolvimento, com baixa distribuição no varejo e penetração em domicílios; como barra de cereal, bombom, vinho), de acordo com o diretor comercial da Nielsen, Mário Ruggiero, "As vendas dessa categoria são mais numerosas na região quando comparada às categorias maduras (mais desenvolvidas e disseminadas entre os consumidores, como a margarina, o sabão em pó, papel higiênico).
Entretanto, para as duas situações as classes D e E também exercem papel de destaque. Prova disso, é que 73% das categorias de acesso e 66% das categorias maduras são consumidas pelo nível socioeconômico baixo".
Ruggiero pontua ainda que esse crescimento no Nordeste pode continuar de forma lenta, mas que já é destaque se comparado ao restante do país. "Isso tudo ocorre de forma moderada, mas em ritmo superior se comparado às demais regiões e o nível socioeconômico baixo exerce papel chave neste cenário".
Para os que vão se guiar em direção desse desenvolvimento econômico regional, há pontos que ainda podem ser explorados. "O crescimento da região depende da criação de valor por inovações e da busca de um posicionamento de preço adequado", finaliza o diretor.