Por @nielsenbr
De acordo com o analista, a
sofisticação envolve a busca por maior qualidade, menor impacto ambiental, boas
práticas na fabricação, tecnologia de ponta, rotulagem com informação adequada,
selos de origem e de qualidade, valorização da marca, entre outros fatores.
“Com maior disponibilidade de renda e maior acesso das classes médias e baixas,
notamos com clareza a migração do tipo de produto consumido”, comenta.
Virou notícia frequente ouvir que o Brasil está crescendo. A melhoria na distribuição de renda, maior participação da mulher no mercado de trabalho e a inserção do país no cenário mundial (destaque junto ao BRIC), favoreceu positivamente a construção da reputação brasileira. Consequentemente, esses fatores impactaram de forma positiva também o cenário do varejo no país.
Nesse cenário, a Nielsen
classificou quatro fatores que estão impulsionando o comércio no país: saudabilidade,
praticidade, indulgência e sofisticação. Mas um deles, em especial, mexou mais
com os hábitos de compra do brasileiro:
a sofisticação. Esse vetor foi identificado porque houve migração nas
vendas, onde as categorias mais básicas foram trocadas pelas mais valorizadas.
Comparando o ano de 2011 contra 2010, o grupo de itens mais sofisticados
cresceu 13% em valor contra um crescimento médio de 8,3% do total de
categorias.
Os segmentos
de maior valor vêm se destacando em praticamente todas as categorias de
produtos. “Não se trata de dizer que o brasileiro está
migrando para segmentos premium, ou seja, comprando mais produtos de maior
valor e de maior qualidade”, pondera o analista de mercado da Nielsen, Claudio
Czarnobai. Segundo ele, o consumidor brasileiro está buscando itens com maior
valor agregado e não necessariamente as marcas mais caras. “Obviamente, essa
busca por qualidade gera, por consequência, a alta no desempenho das marcas
premium. Mas não podemos confundir com busca por marcas mais caras, porque o
brasileiro aprendeu também a identificar o que tem valor agregado. Prova disso
são os demais vetores: saudabilidade e praticidade, por exemplo.”