Hoje a Índia é a décima segunda maior economia do mundo em taxas de câmbio e a quarta em poder de compra, graças as reformas econômicas feitas em 1991 que a tornou uma das economias de mais rápido crescimento do mundo. E o mercado de luxo também pegou carona neste crescimento pensando nos 153.000 milionários do país.
As vendas de produtos de luxo alcançaram 5,75 bilhões de dólares em 2010, passando por cima das tarifas elevados, aluguéis caros e falta de estutura para varejo. Mas não pára por ai, este número deve crescer para 14.72 bilhões de dólares até 2015 e com toda essa movimentação, as marcas globais estão fazendo de tudo para atrair a atenção destes consumidores. Em novembro do ano passado, a Louis Vuitton celebrou o Diwali - a festa hindu conhecida como o Festival das luzes.
A LV lançou uma edição limitada em 40 peças, produzidas com tecidos "vintage" que lembram os saris utilizados pelas indianas e contou com a colaboração do artista indiano Rajeev sethi que decorou as vitrines da maison com colunas de troncos criadas e pintadas à mão na Índia.
Apesar da combinação de 40% de tarifas de importação sobre bens de luxo, o mercado de luxo indiano está absorvendo todos os tipos de produtos, de bolsas à jóias até jatinhos e iates. E grandes nomes como Hermès, Porsche e Cartier já fazem parte do vocabulário dos indianos endinheirados.
Mesmo mantendo cerca de 42% da sua população abaixo da linha da pobreza, para as classes abastadas, existe cada vez mais uma proeminente ostentação da riqueza, muito semelhante ao que acontece com os considerados "novos-ricos" na China, Oriente Médio e Rússia.