Cinco números. Chanel Paris.
Número 1: Rue Cambon.
Mergulhe de cabeça na Rue Cambon,
sinônimo da Chanel e caminhe pelo número 21, onde tudo começou em 1910, quando
Gabrielle Chanel abriu sua chapelaria, depois pela 29, 25, 23, 27 e agora 19,
onde temporada após temporada as coleções de Karl Lagerfeld são apresentadas.
Finalmente entre o número 31, endereço de uma vida. Suba os degraus por onde
tantos clientes e celebridades já passaram. Coco cobriu as paredes de espelhos,
arrumou tudo de forma que seus designs se multiplicassem infinitamente e seu
legado fosse refletido para sempre. Sente no topo da escada, o local estratégico
no qual Mademoiselle, escondida observava a apresentação de suas coleções.
Desça aos salões do primeiro andar. Até 1971, jovens da alta sociedade eram
modelos nessas salas. Hoje em dia, somente celebridades e clientes de alta costura
fazem as provas de roupa nesse palácio branco, bege e preto projetado por Karl
Lagerfeld.
Conheça o santuário: o atelier.
Aqui ela fez e refez seus designs diretamente sobre as modelos. Cigarro na
boca, tesoura ao redor do pescoço e alfinetes na mão. Para criar as coleções de
amanhã, Karl Lagerfeld remodelou o espaço. Piso em madeira tipo Versailles
forrado com folhas prateadas, janelas cobertas com organdi, paredes brancas
cobertas por croquis. Alcance os dois últimos andares, onde as costureiras
chefes e as modelistas, todas de aventais brancos, dão vida aos croquis.
Número 2: O apartamento.
Deixe a sobriedade do preto e
branco dos salões de lado e mergulhe no mundo barroco do apartamento de
mademoiselle de onde parece que ela acabou de sair. Hall de entrada, estúdio,
sala, sala de jantar, nenhum quarto. Um caos harmônico onde cada objeto revela
as inspirações de Gabrielle Chanel sem divulgar seus segredos. Telas em laca Coromandel,
espelhos octagonais, um candelabro adornado com camélias o “5” e o “2” e o
monograma com “CC” duplo, ramos de trigo estilizados. Budas, leões, estatuas da
Virgem Maria e Afrodite, que velam eternamente por ela.
Número 3: O Ritz.
Hospede-se no Ritz, onde
Gabrielle Chanel foi morar em 1937. Primeiro em uma suÃte com vista para a
Place Vendôme, depois em dois quartos com vista para a Rue Cambon. Aqui ela
veio a falecer em uma noite de janeiro de 1971.
Número 4: Place Vendôme, nº 18.
Abra a porta do Hotel Cressart, o
qual foi inteiramente renovado pela Maison Chanel em 1997 para abrigar suas
coleções de alta joalheira. Ela foi a primeira mulher e a primeira estilista a
pisar nesse mundo de opulência, onde seu nome ainda perdura. O Placa Vendôme.
Número 5: O Grand Palais.
Contemple o monumental teatro dos
desfiles da Chanel. O Grand Palais. Sob sua imponente cúpula, cenários mágicos
fazem de cada coleção uma revolução. Uma floresta de carvalhos e pinheiros, um
leão veneziano de 12 metros de altura, um riacho gélido, um enorme jardim francês
pontuado por fontes ou como um set de filmagem, a Rue Cambon perfeitamente
recriada. Com Karl Lagerfeld, a moda conquista o mundo e Paris permanece eternamente
iluminada por Chanel.
Fonte: Chanel