Em outubro de 2010, uma noticia
estremeceu o mercado de luxo, quando em um golpe de mestre, a LVMH (Louis
Vuitton Moët Hennessy) comprou 14,2% e depois de quase dois anos mais 7,8%; totalizando
22% do capital da Hermès Internacional, uma aquisição que somou mais de 2
bilhões de euros. E ao longo destes quase três anos, as duas gigantes trocaram
farpas e acusações, mas parece que os planos de Bernard Arnault mudaram um
pouco de foco.
De acordo com uma entrevista que
o vice-presidente da LVMH – Pierre Godé ao The Wall Street Journal existe uma
possibilidade da empresa se desfazer das ações, porém, não entrou em mais
detalhes.
A compra das ações está sendo analisado
pela AMF (Autorité des Marchés Financiers), órgão fiscalizador de mercado na
França, que descobriu que uma grande parte das cotas compradas pela LVMH foi adquirida
diretamente de Nicolas Puech, descendente da quinta geração da família Hermès.
No inicio a LVMH apenas queria
ajudar na preservação da família e nos atributos da grife francesa, sendo um
acionista em longo prazo, porém, a notícia não foi bem recebida e para evitar
uma ameaça take-over por parte da LVMH, os mais de 100 membros da família
Hermès criaram a H51 e deixaram Nicolas Puech que possui apenas 6% da companhia
de fora. A holding que detém 50,2% da companhia dá aos acionistas a preferência
na compra das ações, caso alguém queira se desfizer delas e agrupou os
interesses de todos os acionistas.
Agora é só esperar o desenrolar
desta história. Será que Bernard Arnault vai baixar a guarda e desistir da
batalha?